Os animais estão em áreas de fronteira seca com a Guiana, país que não tem dados oficiais sobre a doença, e também com a Venezuela, onde há registro de aftosa. A região venezuelana é classificada, inclusive, como área de alto risco.
Para garantir a vacinação, a Superintendência do Ministério da Agricultura coordena o processo em parceria com a Fundação Nacional do Índio e a Agência de Defesa Agropecuária de Roraiama. Durante 40 dias, cinco equipes formadas por técnicos, auxiliares e veterinários percorrerão todas as comunidades vacinando o gado e oferecendo orientações sobre manejo e prevenção contra outras doenças que possam atingir o rebanho.
O indígena João da Silva Guariba, da comunidade Julia, diz que ações como essa do governo Federal, oferecem a garantia de certificação e de sanidade do rebanho para comercializar gado em outras regiões do Estado, além de garantir a imunidade contra a aftosa. O pequeno grupo vive da criação de 81 cabeças de gado e dos plantios de mandioca, feijão, melancia e milho.
Segundo o técnico do Ministério da Agricultura responsável pela operação nas áreas indígenas, José Maria Nóbrega, o maior desafio a ser vencido é o período de chuvas.
– Já começamos a enfrentar muitos problemas de acesso às comunidades mais isoladas. São Muitos rios que estão com volume de água acima do normal, pontes quebradas e estradas ruins.
Ele acrescenta que, apesar das dificuldades de acesso à Superintendência local conta com estrutura necessária para cumprir o cronograma.
Mais de R$ 250 mil serão utilizados durante a operação para custos como combustível e material de apoio, segundo a Superintendência Federal de Agricultura.