Estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que o país tem potencial para aumentar exportações para a Coreia do Sul de pelo menos 41 produtos agropecuários. O desafio é superar barreiras tarifárias e não tarifárias para concorrer em condições semelhantes com mercados com os quais o país asiático tem acordos comerciais, como China, Austrália, Nova Zelândia, União Europeia e Estados Unidos, destaca o estudo “Brasil e Coreia do Sul: Complementariedade que merece amplo acordo”.
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Entre os artigos, destacam-se carnes, cereais e produtos e fibras têxteis. Em live para apresentar o estudo nesta quarta, 14, a coordenadora de Inteligência Comercial da CNA, Sueme Mori, informou que as exportações do Brasil para a Coreia do Sul foram de US$ 2,2 bilhões em 2020, crescimento de 8% em relação a 2019. Segundo ela, o país asiático está entre os sete principais destinos das vendas externas brasileiras de produtos do setor e importa de outros países 70% dos alimentos que consome.
Na avaliação de Alex Meger Amorim, que participou do encontro, um dos desafios é desgravar as tarifas aos produtos agrícolas do Brasil para ampliar o acesso dos produtos do agro. “É um mercado bastante restrito aos produtos agrícolas. Mais de 95% do comércio deles se dá com produtos industriais”, disse em nota distribuída pela entidade.
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De acordo com a CNA o setor de carnes mostrou um potencial inexplorado de até US$ 3,5 bilhões, com destaque para a carne suína in natura (até US$ 1,3 bilhão) e para a carne bovina in natura (até US$ 1,1 bilhão). Esses dois produtos sofrem alíquotas de importação de 40% (para as carnes em geral chega a 72%).
“Em 2017, a Coreia do Sul abriu seu mercado para a carne suína de Santa Catarina e desde então o comércio tem crescido, chegando a US$ 9,3 milhões em 2019.” Já as exportações de cereais têm um potencial de até US$ 2 bilhões, dos quais US$ 1,7 bilhão apenas para o milho. ”
Os sul-coreanos são grandes importadores mundiais de grão de milho, comprando, em média US$ 5,4 bilhões, dos quais US$ 348 milhões do Brasil. A alíquota de importação chega a 630%.”
Sobre o algodão não cardado nem penteado não incidem tarifas de importação. Conforme a CNA, o potencial de vendas para a Coreia do Sul deste produto é de até US$ 276,1 milhões.
