Comércio exterior de animais vivos é aposta em Minas Gerais

Abertura do mercado africano impulsionou negócios internacionaisNa contramão da crise,  Minas Gerais foi o Estado que mais se destacou na exportação de animais vivos em 2011, como patos, gansos, cavalos e suínos. No total, o faturamento chegou a US$ 10 milhões. Para a gerente internacional da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Icce Garbellini, o potencial está na genética.

– Esses 10% de acréscimo nas exportações de animais vivos de Minas Gerais  se devem,  principalmente, aos animais de reprodução para formação de plantel, em especial, para o mercado africano. Porém, necessita-se ainda de uma prospecção em vários países. Nós estamos com essa perspectiva para 2012, inclusive, temos uma missão marcada para o segundo semestre do ano – conta.

Sílvio de Castro Cunha, presidente da empresa Agroexport, diz que crise internacional e o câmbio fizeram o país perder espaço no exterior.

– Perdemos para a Colômbia e para o Uruguai. O Líbano, por exemplo, foi um grande mercado perdido por questão de preço – afirma.

Em 2011, a Agroexport embarcou 72 mil animais – 50 mil a menos que em 2010. Apesar disso, Cunha está confiante com a abertura de novos mercados em 2012. Os principais negócios no ano passado foram com Angola, além de um novo projeto para o Congo.

– São dois países novos no mercado com os quais vamos continuar em 2012. Com essa reestruturação do câmbio brasileiro, e se o boi voltar a cair nos níveis normais, eu acredito que, em volume, a gente vai ter um  ano melhor em 2012. Devemos voltar  aos  níveis de mais de cem mil cabeças de gado e embarcar, pelo menos, o dobro em gado de raça – avalia.