Na quinta, dia 26, a Comissão Europeia disse que pepinos orgânicos produzidos em duas províncias da Espanha foram os responsáveis pelo primeiro surto na Alemanha. Pepinos produzidos na Holanda e comercializados na Alemanha também estariam sob investigação. A Espanha nega que seus produtos sejam a origem da contaminação.
O governo alemão montou um gabinete de crise para controlar a disseminação da bactéria, que já teria matado 10 pessoas. A mídia local também fala em 1,2 mil pessoas contaminadas. O Instituto Robert Koch conta 329 casos de contaminação e três mortes. Por causa das mortes, os produtos foram apelidados de “pepinos assassinos” nos locais afetados.
A ministra de Consumo da Alemanha, Ilse Aigner, fará uma reunião de emergência nesta segunda com o ministro de Saúde, Daniel Bahr, e com representantes dos Estados alemães, para discutir o assunto. Não há confirmação oficial do governo alemão a respeito dos números, mas o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, de Estocolmo (Suécia), descreveu o surto como um dos maiores do mundo, em se tratando de E.coli, e o maior já ocorrido na Alemanha.
Efeitos
A bactéria provoca diarreia, que pode evoluir para a chamada síndrome hemolítica urêmica (HUS, na sigla em inglês), que provoca diarreia hemorrágica e resulta em danos sérios ao fígado – o que, em alguns casos, leva à morte.
O presidente do Instituto Robert Koch, Reinhard Burger, disse que a fonte da contaminação ainda não foi identificada, mas pediu que a população, especialmente do norte da Alemanha, evite comer pepinos, tomates e alface.
Embora a Comissão Europeia tenha dito que os pepinos contaminados foram produzidos na Espanha, Burger afirmou que ainda é cedo para dizer, com certeza, qual é a fonte do surto. As informações são da Dow Jones.