A compostagem é uma tecnologia de tratamento dos dejetos líquidos de suínos que vem sendo indicada pela Embrapa Suínos e Aves para a adequação ambiental das propriedades rurais onde se trabalha com suinocultura. O processo de compostagem consiste na incorporação dos dejetos a uma leira de maravalha, onde ocorre a fermentação aeróbia do composto, a redução da população de organismos patogênicos e a produção de um fertilizante orgânico com elevado valor agronômico.
? A tecnologia da compostagem tem a vantagem da produção de um adubo de qualidade e que tem demanda no mercado e elimina a limitação do número de animais que se pode ter na propriedade ? diz o pesquisador Rodrigo Nicoloso.
O biofertilizante gerado apresenta baixo conteúdo de umidade, que possibilita que seja comercializado para regiões com alta demanda de fertilizantes, reduzindo assim o potencial de contaminação de solo e água em áreas de intensa concentração de suínos.
No que diz respeito à qualidade do ar, a compostagem também promove a redução das emissões de gases de efeito estufa e o sequestro do CO2 atmosférico através do acúmulo de matéria orgânica no solo adubado com este biofertilizante, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
? É importante fazer este treinamento para que os produtores saibam, por exemplo, quando operar o equipamento e quando revolver os dejetos, porque se o processo não for feito da maneira correta pode ser gerado um adubo de baixa qualidade ? diz Nicoloso, que irá falar sobre como é feito o aproveitamento do composto como fertilizante orgânico.
Já os pesquisadores Paulo Armando de Oliveira e Martha Higarashi apresentarão o manejo dos dejetos para reduzir o uso de água, o dimensionamento do sistema de compostagem e a teoria e técnica da compostagem.