? Tem feira de peixe em todos os bairros, no Panorama, no Bujari e tem peixe barato também na Ceasa. Então, nós não vamos poder aumentar o preço do peixe. Do contrário, a gente não vai vender nada ? reclamou o comerciante Raimundo Nonato da Silva.
O comerciante tem um box no mercado Elias Mansour há 26 anos e disse que já há alguns anos a venda de peixe vem caindo em função da concorrência.
Os peixes mais procurados são o dourado e o filhote. O quilo custa, em média, R$ 17. Outro que tem grande procura é o tambaqui, que custa cerca de R$ 9. O mais em conta é o pintado, vendido a R$ 7 o quilo.
Maria de Souza, moradora da Via Verde, considera o preço do peixe praticado no Acre muito caro.
? Eu gosto muito de peixe e tenho a sorte de morar em um local com um pequeno açude onde há alguns peixes, mas do tipo de couro não existe, por isso venho de vez em quando ao mercado comprar ? afirmou.
Rosa Maria Nonato da Silva também comprou peixe, mas do tipo filhote. Ela gastou R$ 43 por dois quilos e meio de peixe.
? Está muito caro, por isso só dá para comer peixe uma vez por semana. Mais do que isso, pesa no bolso ? reclamou.
A estabilidade no preço do peixe é real. Há uma forte possibilidade de que o preço venha cair sensivelmente nos próximos anos. O governo do Estado do Acre está incentivando os produtores que queiram ampliar a sua produção.
Um ousado programa de incentivo e financiamento de produtores está sendo implantado. A estimativa é de que, em quatro anos, cinco mil tanques para criação de peixes sejam construídos em todo o Estado. Aliado a isso, o governo prevê a implantação de uma infraestrutura de apoio para a cadeia produtiva do peixe.
Um frigorífico especializado e uma fábrica para o beneficiamento da carne, do couro e demais subprodutos do peixe devem ser montados. Ao final desse processo, o Acre deve estar produzindo peixe suficiente para abastecer o mercado interno e ainda exportar.