– Iniciar um evento como este, como tal volume, demonstra o tamanho do potencial da raça Angus no Brasil central – afirma o Gerente Nacional de Fomento do Marfrig, Gustavo Martini.
O destaque do evento, porém, não se restringiu ao grande volume de animais inscritos. A qualidade dos lotes que passaram pela planta de abate também foi destacada pelos jurados da prova.
– Os animais machos que vimos aqui apresentaram excelente padrão racial e de terminação de carcaça. São muito superiores aos padrões que costumamos ver o dia a dia – avalia o supervisor da Angus para os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, Diegho Henrique Biondo Ribeiro.
As características do lote Grande Campeão entre os machos, inscrito pela Agropecuária Maragogipe representam o comentário do jurado. O grupo de animais superprecoces, com idade variando entre 12 e 14 meses, registrou média de peso de 363 quilos de carcaça (muito acima da apresentada pelos demais), e acabamento de gordura uniforme (padrão desejado pela indústria frigorífica).
Rede de informações
Além de salientar o potencial que os animais obtidos através de cruza da raça têm em obter peso de adulto com apenas um ano de idade, Wilson Brochmann, diretor-executivo da empresa Maragogipe, destacou a importância do concurso na medida em que promove o encontro de produtores para a troca de experiências:
– Trata-se de um passo importante. O início de uma tradição que vai permitir a trocar de informações cada vez maior, o que é importante para a melhoria da carne produzida na região – diz.
O mesmo salienta Martini, do Marfrig, que reitera a importância do concurso na medida em que cria uma rede de troca de informações entre os pecuaristas da região e também permite que a indústria sinalize para esses produtores quais padrões de carcaças o mercado procura.
O gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, faz coro a ambos e adiciona o fato de que os resultados obtidos no concurso mostram para todos os produtores até onde eles podem chegar e o que têm de fazer para atingir os mesmo resultados.
– O concurso aponta em quem a produção tem de se espelhar para melhorar seus resultados e entregar o que o programa preconiza, que é a carne de alta qualidade – afirma.
– Os produtores de Mato Grosso do Sul mostram para o mercado a sua capacidade de produzir e terminar animais de alta qualidade, algo que no Estado é considerado um problema. Ou seja, temos aí a sinalização de que pode haver uma quebra de paradigma – afirma o supervisor técnico do programa de fomento Angus do Marfrig, Tito Rubens Mondadori.
O supervisor da Angus para os Estados de Mato Grosso e Goiás, Maychel Carvalho Borges, que também julgou as carcaças do concurso, afirma o mesmo:
– Vimos no concurso lotes terminados a pasto com qualidade similar ou superior à de animais confinados. Foi um bom comparativo, que mostra o também potencial dos animais meio sangue terminados a campo.
Além da Agropecuária Maragogipe, que teve o lote grande campeão entre os machos e reservado de campeão entre as fêmeas, foram vencedores do concurso também a Ventura S/A (Grande Campeã Fêmea) e Nelson Krause (Reservado de Campeão Machos).