Segundo eles, a recente redução dos preços do milho trouxe um alívio, principalmente para a indústria, que viu suas margens encolherem no ano passado. Eles projetam que os preços dos itens devem melhorar, por conta da manutenção da alta das carnes concorrentes e da disciplina que alguns países tiveram para equilibrar oferta e demanda.
“Apesar do quadro positivo, esta perspectiva é muito frágil e dependente de riscos relacionados com a disciplina do equilíbrio entre custos e de abastecimento”, afirmaram os analistas, no documento.
“Como os estoques de grãos e soja continuam baixos, disciplina na oferta será uma ferramenta fundamental para a indústria para manter as margens. Isto tem sido demonstrado no Brasil, onde os cortes de produção têm resultado em maiores preços e melhores margens. Regiões com equilíbrio de mercado inadequado, como África do Sul e Índia, precisam reconsiderar os níveis de produção nos próximos meses. Este também é o caso para os produtores da União Europeia, onde o desempenho piorou ao longo de 2012, embora no quarto trimestre de 2012 se viu alguma melhora”, descreveram os especialistas.
Quanto ao desempenho das empresas do setor para este ano, Mulder e Nelson afirmaram que dependerá, em grande parte, de como lidar com a volatilidade dos preços dos grãos e oleaginosas.
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“A indústria deve estar preparada para qualquer mudança nos custos de produção e um ótimo sistema de gestão é o elemento-chave. Elementos como poder de mercado, eficiência e mitigação de riscos serão fundamentais para 2013”, destacaram.
Brasil
Especificamente para Brasil, os analistas do Rabobank disseram que o setor iniciou 2013 com uma relação estreita entre oferta e demanda e, do lado de custo, embora os preços do milho venham se mantendo desde novembro, os valores do farelo de soja perderam terreno na expectativa da maior safra de soja brasileira de todos os tempos. Em janeiro, o insumo valia 25% menos do que em dezembro.
“Os preços deverão seguir o comportamento histórico de começo de ano e vão diminuir no curto prazo. Além disso, o aumento contínuo da oferta de carne também é susceptível de colocar pressão de baixa nos preços”, explicaram.
