Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), diz que os pecuaristas estão fazendo as contas e muitos não veem rentabilidade no final do processo. Os “confinamentos caseiros”, como ele chama os pequenos e médios confinadores do Estado, olham para os custos do gado, do milho e da soja, comparando-os com os valores futuros do boi na BM&F, e não se sentem seguros de rentabilidade.
Já Juan Lebrón, diretor da Assocon, entidade que reúne grandes confinadores, diz que um dos principais problemas do setor continua sendo a falta de crédito. Mesmo assim, ele acredita que os associados da Assocon, que representam o confinamento de 600 mil animais por ano, vão elevar em 6% a atividade neste ano. Essa alta ocorre porque esses confinadores estão mais
capitalizados, já estão com o gado para engorda no pasto e, por serem tradicionais confinadores, têm estrutura adequada.
? Como estão na atividade há mais tempo, esses grandes confinadores trabalham com a média de ganho entre um ano e outro ? diz.
Na avaliação do diretor da Assocon, a arroba de boi gordo pode atingir R$ 90 em São Paulo neste ano, o que deve auxiliar a fechar as contas. O confinamento nacional deve somar 2,5 milhões de cabeças neste ano, com a liderança de Goiás, onde a previsão é de 1 milhão de cabeças. Mato Grosso deve reunir 400 mil, vindo a seguir São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Vacari diz que os grandes criadores sofrem com a falta de crédito. No caso dos menores, o maior problema é a ausência de rentabilidade.