O mercado físico do boi gordo apresentou ritmo de negócios travado nesta quinta-feira (2), primeiro dia útil de 2025, com alta nos preços em alguns estados.
Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Allan Maia, a liquidez do físico segue fraca, devendo melhorar gradualmente no decorrer da quinzena.
“Houve sinalização de escalas de abate mais curtas, o que era esperado, considerando que a oferta na última semana de 2024 foi mais apertada. Deste modo, há a possibilidade de maior atividade por parte de alguns frigoríficos nas compras no curto prazo, o que pode favorecer reajustes”.
Segundo ele, outro fator a ser acompanhado nas próximas semanas é o atacado. “O preço dos cortes abriu o ano com preços firmes, mas é esperado mudança de perfil do consumo, passando de cortes mais nobres para os mais acessíveis”, considera.
Para Maia, o fluxo de exportação e o movimento do dólar também são variáveis que merecem atenção.
Preços médios da arroba do boi (a prazo)
- São Paulo: a arroba do boi gordo comum foi sinalizada entre R$ 310 e R$ 315 e o China posicionada em R$ 320
- Minas Gerais: precificado entre R$ 300 e R$ 310
- Goiás: preço avançou no decorrer do dia, ficando entre R$ 300 e R$ 310
- Mato Grosso do Sul: ficou em R$ 315
- Mato Grosso: registrou alta no dia. Em Barra dos Garças, foi precificada entre R$ 310 e R$ 315. Na região de Mirassol d’Oeste foi indicada em R$ 305
Mercado atacadista
O mercado atacadista registrou ligeiro avanço de preços no dia. De acordo com o analista, devido ao consumo do período de festas, os agentes do mercado carregam expectativas positivas para a reposição entre atacado e varejo no curto prazo.
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“Contudo, vale frisar que o perfil de consumo tende a mudar em breve, considerando maior nível de despesas das famílias, deste modo, cortes mais nobres devem encontrar dificuldade para novos reajustes”, disse Maia.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 20,30 por quilo, alta de dez centavos. Quarto traseiro subiu dez centavos e foi cotado em R$ 26,70 por quilo. Ponta de agulha também registrou avanço de dez centavos e ficou em R$ 19,40, por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou em queda de 0,27%, sendo negociado a R$ 6,1627 para venda e a R$ 6,1607 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 6,1502 e a máxima de R$ 6,2262.