Segundo os criadores, a rusticidade do animal é a característica mais marcante da raça. Para o pecuarista José Afonso Bicalho, criador há mais de 15 anos, esse é o principal motivo que leva os produtores a escolher o gir leiteiro para produzir leite no clima tropical.
Apesar dos avanços feitos pelos selecionadores, que fizeram com que uma vaca, em manejo natural, chegasse a produzir 3.700 quilos de leite em 305 dias, a raça ainda tem desafios a ser vencidos. Na opinião do diretor técnico da associação brasileira da raça, uma das necessidades é melhorar na produção mecânica.
O congresso faz parte da programação da Expogenética, que acontece até domingo, dia 26, no Parque Fernando Costa, em Uberaba. Além de criadores, técnicos e estudantes brasileiros, representantes de 10 países da América Latina também participam do evento, que reuniu 400 pessoas.
Uma das palestras que mais chamou a atenção do público foi a do pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Leovegildo Matos. Recentemente chegado da África, onde morou por dois anos, ele falou sobre as possibilidades do desenvolvimento da raça no continente africano, dadas as semelhanças climáticas entre o Brasil e a região.
A participação do público jovem também teve destaque no congresso. Para atrair a atenção do segmento, os organizadores lançaram uma proposta diferente para a próxima edição, prevista para 2015. Na ocasião, deve ocorrer apresentação de trabalhos voltados para o melhoramento da raça gir leiteiro desenvolvidos no período.
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