O primeiro dia do congresso Mundial da raça Brahman foi marcado pela visita de 278 pecuaristas de 12 países. O criatório Duplo P, ocalizado a 15 quilômetros de Uberaba, reparou até uma placa de boas vindas em 12 idiomas. É o efeito da pecuária globalizada. Os visitantes assistiram a um vídeo sobre a seleção da fazenda. Depois foram a campo conhecer a estrutura, o manejo e, principalmente, o resultado da seleção. O casal Nando Hauck e Silvia Optz veio da Alemanha e cria Brahman há apenas quatro anos.
? Nós ficamos encantados com a boa qualidade dos animais, tipicamente preparados para os trópicos. Porém, a maneira de criar é diferente, é extensiva, e a gente trabalha com gado fechado ? explica Silvia.
O vice-presidente da Associação dos Criadores de Zebu da Venezuela, Mauricio Lopez, reconhece no Brasil o potencial de maior produtor de alimentos do mundo, principalmente carne. O pecuarista quer que a Venezuela também possa avançar.
? O que nos interessa no momento é a parte de alimentação do gado, as forrageiras usadas e o maquinário aqui do Brasil para levarmos a campo na Venezuela ? diz Lopes.
A raça Brahman completa dezesseis anos de criação no Brasil. Os criadores já passaram pela fase de multiplicação do rebanho e agora apertam cada vez mais a seleção com o jeito brasileiro de avançar no melhoramento genético.