Mesmo diante dos reajustes do produto, porém, os consumidores precisam comprar ovos para as refeições.
– Não pode faltar ovo, mas com esse preço mais elevado, o que o consumidor faz? A gente tem que comprar do mesmo jeito, tem que comer – reclama a professora Ângela Guimarães de Oliveira.
Nos supermercados de Erechim, no norte do Estado, o preço da dúzia é de quase R$ 4,00. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a alta no preço dos ovos em janeiro foi de 7,1%.
A variação que vem sendo registrada se deve, basicamente, ao aumento dos custos de produção, principalmente em função das altas no preço do milho e da soja, usados no preparo da ração das aves. A estiagem que atingiu o Estado no ano passado afetou a produção desses produtos, que continuaram com alta demanda. O reflexo foi direto, principalmente, nos setores avícola e suíno.
– Mais de 70% do nosso lucro vai na alimentação. O preço do produto, do milho e da soja, está muito caro e isso faz cair a produção – explica o produtor Darlan Calgaroto.
No ano passado, Calgaroto chegou a ter cinco mil aves na granja, duas mil a mais do que agora. A produção diminuiu, mas a venda de ovos nos supermercados aumentou 10% esse mês.
– Devido ao período de Páscoa, o pessoal faz mais doces, mais chocolates, e utilizam bastante ovos – afirma o gerente Nilson Tassinari.