Os 60% restantes dos peixes consumidos pelos brasileiros vêm da América do Sul, Ásia e Europa. Por causa desta dependência, nesta semana o Ministério da Agricultura habilitou a Lituânia a exportar pescados e derivados de pesca extrativa para o Brasil.
As grandes redes de supermercados avaliam que importar peixe cortado e embalado é mais fácil e barato do que comprar, por exemplo, a pescada do Nordeste.
– O custo da nossa produção ainda é muito alto e isso se deve a vários fatores. Fatores tributários, fatores de custo alto de insumos na sua produção e também à logística por conta das estradas e do combustível muito caro. Então acaba onerando o custo da nossa produção, aí quem compra em grandes quantidades que são as grandes redes, e eles preferem importar – analisa o gestor do Mercado do Peixe na Ceasa/DF, Francisco Baia.
Em Brasília, a produção vem sendo estimulada na região que envolve o Distrito Federal e os estados de Minas Gerais e Goiás. O Mercado do Peixe é abastecido pela região integrada de desenvolvimento, que envolve 19 municípios de Goiás, três de Minas Gerais e o Distrito Federal. Durante a quaresma, as vendas de peixes na Ceasa da capital brasileira passaram de 3,8 toneladas para mais de 5 toneladas – 30% de aumento.
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Compras de última hora
Se comer peixe na Semana Santa faz parte das tradições, deixar para comprar na ultima hora está na cultura dos brasileiros. É o caso do militar Raimundo Santos, que foi direto no tanque das tilápias.
– Foi confirmado que o mercado estaria funcionando, por isso agora cedo. Para comer um peixe fresco, bem melhor comprar ele na hora. Os preços aumentaram um pouquinho. A desvantagem na última hora é mais de 10% – diz Santos.
Na tabela de preços do Ceasa do Distrito Federal, o quilo da tilápia passou para R$ 13,90 nesses dias. Na semana passada, valia R$ 9,50.
