Consumo de muçarela de búfala cresce cerca de 30% ao ano no país

Perspectiva é de mais crescimento, uma vez que o produto ocupa menos de 1% do mercado de queijosO consumo de muçarela de búfala cresce cerca de 30% ao ano no país. Com isso, os produtores estão investindo mais na criação de bubalinos, animais que são considerados mais fáceis de criar do que os bovinos, e também mais lucrativos.

Cada animal pesa quase uma tonelada, vive em média 40 anos e custa cerca de R$ 2,5 mil, um investimento que para o produtor Oswaldo Ferreira, de Brazlândia, no Distrito Federal, só tem trazido bons resultados. Ele já criava bovinos há 20 anos quando decidiu mudar. Comprou as primeiras 13 cabeças de búfalas há 12 anos. Hoje o rebanho chega a 200 cabeças e a lucratividade é 50% maior do que na época do rebanho bovino.

– Ele não é tão exigente quanto o gado em relação a comida, é mais rústico. Um capim que já não serve pro bovino, o búfalo come. Quase não tem doenças, e o leite é um produto de melhor qualidade que o de vaca e os produtos têm maior valor de venda – diz o produtor.

Por dia, os animais comem 60 quilos de capim cada um e, juntos, produzem 150 litros de leite. Tudo é processado na agroindústria da fazenda, de ondem saem em media 35 quilos de queijo muçarela. Os equipamentos da agroindústria de Oswaldo Ferreira foram comprados com financiamento do programa Mais Alimentos, que para este ano tem cerca de R$ 8 bilhões aplicados.

– O agricultor pode tomar crédito para reforma de pastagens; para comprar matrizes e reprodutores, que é o caso dos bubalinos; e também para beneficiar esses produtos. É bom deixar bem claro que são matrizes e reprodutores, então o produtor melhora o rebanho para ter mais produção e mais produtividade – explica o coordenador programa Mais Alimentos, Marco Antonio Viana Leite.

No país, são três milhões de cabeças, segundo a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB), um rebanho que pode crescer 25% ao ano, de acordo com o presidente da entidade, Cláudio Varella Bruna.

– Eu acredito que tem muito potencial. A carne é magra e saudável, e acho que tem muito espaço porque é saborosa, uma vez que os machos são abatidos jovens. O queijo de búfala ocupa menos de 1% do mercado, de modo que existe muito espaço pra ele crescer – diz o dirigente.

Para o produtor Oswaldo Ferreira, o mercado só não é maior por falta de conhecimento dos consumidores.

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