Agricultura

Contratações do Plano Safra 22/23 superam R$ 113 bilhões

Para o atual ciclo agropecuário, iniciado em 1º de julho, o governo federal anunciou um total de R$ 340,88 bilhões para o Plano Safra

Nos dois primeiros meses da safra 2022/23, o total de contratações de crédito rural superou os R$ 113 bilhões, de acordo com levantamento feito pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central.

Para o atual ciclo agropecuário, iniciado em 1º de julho, o governo federal anunciou o total de R$ 340,88 bilhões, destinados aos financiamentos de custeio, comercialização e investimentos.

A maior parte dos recursos já contratados até setembro teve origem na poupança rural (49%); recursos obrigatórios (22%); recursos com taxas livres (17%); fundos constitucionais (7%), BNDES equalizável (4%) e outros (1%).

Cooperativas

O Informe da Getec revela que, no período que compreende os meses de julho a setembro de 2022, as cooperativas brasileiras captaram R$ 5,73 bilhões, sendo a maior parte destinados para à industrialização e custeio, nesta ordem de importância.

Já as cooperativas paranaenses captaram R$ 2,02 bilhões, representando, no Plano Safra 2022/23, mais de 35% dos recursos captados pelas cooperativas nacionais, destacando-se os segmentos: industrialização e custeio.

“A captação dos recursos aumentou significativamente, quando comparado com anos anteriores, devido à maior necessidade de cobrir o elevado custo de produção apresentado nesta safra. Apesar do cenário econômico estar conturbado, as cooperativas paranaenses continuam apostando na agregação, investindo na industrialização para, consequentemente, expandir seus mercados e suas sobras”, afirma o analista da Getec Salatiel Turra.

Plano Safra

Verifica-se também que a captação total de recurso de crédito rural, em agosto da safra 2022/23, apresentou um forte crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.

“Contudo, dado o aumento do custo de produção provocado pelo cenário econômico, o volume captado até o momento é relevante, tendo em vista que os preços recebidos pelas commodities são otimistas e influenciam da tomada de decisões dos produtores, desde a aquisição de insumos como máquinas agrícolas”, ressalta Turra.