O espaço, com 33 hectares, servirá para realização de atividades de ambientação e concentração de bovinos destinados à exportação. Neste local, os animais, criados em Santa Catarina, ficarão por aproximadamente 40 dias, onde passarão por diversas aferições médico-veterinárias, além de preparação ambiental para a viagem, tendo como destino inicialmente o mercado italiano. O terreno, de propriedade do BRDE, foi cedido em regime de comodato, sem ônus para ambas as partes, por um período inicial de cinco anos.
Segundo Ceron, esta é uma grande conquista para o Estado, pois abre a possibilidade de um novo nicho de mercado para criadores catarinenses.
? Nós teremos aqui apenas as matrizes, e venderemos os bovinos com apenas oito meses de idade, sem precisar engordá-los para o corte por dois ou três anos ? explica Antonio Ceron.
Segundo Maldaner, é também a possibilidade de reativação de um setor econômico que perdeu espaço em Santa Catarina, o da pecuária de corte, mas com um formato viável.
Segundo a previsão dos técnicos da Secretaria, o primeiro lote de bovinos deve ser embarcado em maio ou junho de 2010.
? Serão quatro ou cinco mil animais, a maioria da raça charolesa e seus cruzamentos, que estão sendo criados em municípios do Planalto Serrano e Oeste catarinense ? explica o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria, Roni Barbosa.
O empreendimento conta com a participação da União de Exportadores e Importadores de Carnes e Derivados da Itália (Uniceb), que se responsabilizará pelos custos de construção das obras físicas necessárias. A escolha por Santa Catarina se deu pela facilidade de acesso ao Porto de Imbituba e, principalmente, pelo Estado ser o único certificado como livre de febre aftosa sem vacinação do país.