Cooperativa Languiru abandona o nome Mimi em seus laticínios e assume a marca da empresa

Objetivo da mudança é aproveitar a força do nome Languiru, conhecido das embalagens de aves e embutidosA partir deste mês, os laticínios produzidos pela Cooperativa Languiru, situada no Rio Grande do Sul, deixarão de se chamar Mimi e ganharão a marca própria da empresa. O objetivo é aproveitar a força do nome Languiru, conhecido das embalagens de aves e embutidos.

Um dos primeiros efeitos práticos do reposicionamento será a abertura de mercado na região Nordeste do Rio Grande do Sul, onde a empresa já vende carnes, mas não laticínios. Nas próximas semanas, a Languiru oferecerá na região leite em pó modificado. Aproximadamente 20% da produção será direcionada para o varejo e indústrias no Nordeste, a maioria em latas de 25 quilos, e o restante abastecerá as regiões Sul e Sudeste do Estado.

A decisão de reposicionar a marca se deu após uma pesquisa desenvolvida ao longo de seis meses por uma agência de publicidade, que apontou um maior conhecimento dos clientes pelo nome Languiru. Muitos dos consumidores ouvidos não associavam os produtos Mimi à cooperativa, o que representava perda potencial de negócios.

? Escolhemos novembro para fazer a mudança por se tratar do mês em que a Languiru completa 56 anos. Os produtos com a nova marca chegarão ao cliente gradativamente ? afirma Dirceu Bayer, presidente da cooperativa.

Cerca de R$ 350 mil serão investidos em ações de comunicação e na mudança no design das embalagens. Inicialmente, a Languiru não ampliará significativamente a produção ou mudará o preço e a composição dos produtos.

Os alimentos que terão mudança de marca serão leites integral e desnatado, achocolatados, iogurtes, bebidas lácteas, cremes de leite e doces de leite produzidos na indústria de Teutônia (RS). Somente o leite UHT em saquinho, por ser considerada uma embalagem pioneira no mercado, manterá o nome Mimi.

Frigorífico de suínos terá investimento de R$ 40 milhões

A marca Languiru também estampará a linha de suínos da cooperativa. A industrialização se iniciará em março ou abril de 2012 em Poço das Antas (RS). Com investimento de R$ 40 milhões, o novo frigorífico contará com 300 colaboradores e terá capacidade para abater duas mil cabeças por dia. Até 50% da carne será exportada, volume igual ao de produtos avícolas embarcados hoje. O ingresso no mercado de suínos irá gerar receita adicional de R$ 80 milhões por ano.

? O frigorífico de suínos produzirá uma ampla variedade de cortes de alto valor agregado ? diz o presidente da Languiru, Dirceu Bayer.