O governo de Santa Catarina anunciou, nesta segunda, dia 11, que a Coreia do Sul deu aval positivo à abertura de mercado para a importação de carne suína do estado. Em nota, o governo catarinense afirmou que o diretor Bong-Kyun Park, da Agência coreana de Quarentena Animal e Vegetal (QIA), órgão de controle sanitário do país, ratificou a decisão sul-coreana em comunicado à comitiva catarinense liderada pelo governador Raimundo Colombo, na sede do órgão.
Ainda de acordo com o comunicado, Bong-Kyun disse que faltam apenas questões administrativas a serem tratadas entre os ministérios da Agricultura da Coreia do Sul e do Brasil. Das oito etapas de negociações, seis delas já foram cumpridas. As duas últimas preveem a inspeção e habilitação dos frigoríficos catarinenses e a negociação comercial entre os dois países.
“Agora, temos uma última etapa a vencer que é a visita e a inspeção nos nossos frigoríficos e, a partir daí, ampliar a geração de empregos e desenvolver ainda mais o estado”, afirmou Colombo. “É o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos produtores, pelas agroindústrias, pelos técnicos e pelo governo que investe no controle sanitário”, completou.
O diretor-executivo do Sindicarnes, Ricardo de Gouveia, projeta que Santa Catarina venda pelo menos 30 mil toneladas por ano, assim que forem liberadas as exportações de carne suína para a Coreia do Sul.
A missão de Santa Catarina viajou à Coreia do Sul na última quinta, dia 7. O país asiático já importa carne de frango do Brasil, com 93,2 mil toneladas embarcadas em 2015. No caso da carne suína, a negociação restringe-se, inicialmente, a Santa Catarina. O mercado coreano impõe algumas especificidades com cortes mais tradicionais para a Ásia, como pés, asas e coxas.
Um dos pré-requisitos para exportar o produto para a Coreia do Sul é apresentar o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. No Brasil apenas Santa Catarina tem essa condição, certificada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).