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Cotação do bezerro sobe até R$ 1 mil em São Paulo

Problema com pasto, matéria prima cara e escassez de animais valorizam preço em 26% em um anoO valor do boi gordo aumentou neste mês 20%, em relação ao mesmo período do ano passado. Consequência de uma matéria prima cara, o que faz 2014 ser considerado o ano de valorização do preço do bezerro. Poucas vezes se viu uma alta tão grande no valor de mercado tanto do bezerro, quanto do boi magro.

O valor chegou a R$ 1 mil. Agora caiu um pouco, para R$ 970, mesmo assim o aumento em relação a 2013 é de quase 26%.

• Acompanhe as cotações do boi gordo

– O alto abate de fêmeas que tivemos no ano passado, juntamente com o clima adverso do meio do ano pra cá, principalmente no final do ano quando deveríamos ter chuva e não tivemos, isto atrapalhou a cadeia de bezerros, de criação, de recria – justifica o agente de investimento agrícola André Bartolomei.

O analista de mercado Cesar Castro Alves, diz que o bezerro está muito caro proporcionalmente ao boi, e não há nada indicando que isto possa mudar, porque o boi tem um teto teórico que é determinado pelo câmbio e pelo preço da carne no mercado interno. Então a expectativa de alta é forte.

– E o bezerro deve continuar escasso – indica Alves.

Na falta do bezerros, aumentou a procura pelo boi magro. Com isso, oferta diminuiu significativamente e o preço cresceu. Está custando em média R$ 1510.

– Ele acaba migrando para o boi magro, principalmente para efeito de confinamento e é a lei da oferta e demanda. Quanto mais procura, maior é o preço – lembra Bartolomei.

Gastando mais ou pelo bezerro, ou pelo boi magro, o custo aumenta e o repasse é inevitável. Neste momento, a valorização do preço do boi gordo, em média, neste mês de julho, está 20% maior do que no mesmo período do ano passado.

– A partir do momento que a gente tem uma matéria prima cara, para investir nela precisa ter lucro. Ninguém vai trabalhar de graça. E com este aumento do bezerro e do boi magro, isto tem que refletir lá na frente – afirma o agente.

O analista lembra que isto é reflexo do crescimento menor do abate e maior da exportação. Estes dois lados da equação, abate menor e exportação forte, têm feito os preços do boi seguirem elevados.

De todos os elos da cadeia, o que vive a situação mais peculiar seja o confinamento. As condições, historicamente difíceis, estão favoráveis.

– Nós tivemos nos últimos 60 dias uma acomodação muito expressiva nos preços das rações. O milho caiu muito, o farelo de soja também. Isto tornou a conta do confinamento mais interessante, mesmo com o boi gordo lá nos contratos de outubro e novembro se afastando um pouco dos R$ 130. Cedeu um pouco, mas ainda assim ficou muito interessante com esta ração mais barata – acrescenta Alves.

Assista a reportagem:

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