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Criação de rãs é nova aposta de negócio em São Paulo

Aumento na demanda pela carne do anfíbio desperta interesse de pecuaristasA criação de rãs conquista novos adeptos no Brasil, em função de um aumento na demanda pela carne. Em São José dos Campos, em São Paulo, o produtor Luiz Carlos Faria decidiu investir mais e, há cerca de um ano, de criador passou a fornecedor de matrizes. Em sua propriedade foi implantado um centro de pesquisas e produção de girinos.

– De um ano para cá, mudou tudo. Nós transformamos a nossa unidade em São José dos Campos. Só com girinos, montamos três unidades e entregamos para todos os nossos clientes – diz.
 
Cada kit fornecido por Faria conta com quatro piscinas, ração e mil rãs.

– Quando começamos, estávamos com a ranicultura familiar. O perfil mudou. São cinco toneladas ao mês – relata.

Faria explica que a produção de girinos requer cuidados especiais que começam com as matrizes, cuidadosamente alimentadas. Depois da reprodução, a desova é levada para o desenvolvimento embrionário, segundo a técnica veterinária Camylla Arruda.

– Nós temos a equipe que faz a coleta. Ela vem até o centro embrionário. E demora cerca de três a quatro dias – afirma.
 
Após este período, os girinos ainda sem sexo definido permanecem em piscinas até perderem o rabo. Então se transformam em pequenas rãs prontas para ser vendidas. Outra forma de reprodução desenvolvida no centro é a fertilização artificial.

– O futuro é isso. Nós já estamos no futuro, com a fertilização artificial – avalia Faria. 

Pelo menos 500 kits já foram vendidos a um preço de R$ 1,6 mil. E mais de 200 já estão encomendados.
 
– Nós temos mais ou menos 220 engatilhados para janeiro, fevereiro – comemora.

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