Para o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do RS (Fetag), Elton Weber, a nova medida será complementar à venda de milho subsidiado no sistema a balcão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que atende suinocultores e criadores prejudicados pela seca, e atenderá mais produtores em dificuldades com as altas cotações do grão. Os maiores beneficiados, na avaliação dele, devem ser os criadores de frangos e também de gado de leite, inclusive no sistema de integração, segundo Weber. Ele diz ainda que o sistema permitirá que o integrado autorize a agroindústria a comprar o milho subsidiado em seu nome, o que fará com o benefício chegue também ao sistema de integração.
— Até porque muitos dos integrados são da agricultura familiar — justifica.
Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do RS (Acsurs), acredita que a medida deve beneficiar de forma mais ampla as empresas e as cooperativas, que têm condições de efetuar compras do governo em volumes maiores. Folador avalia ainda que não está claro como será a operacionalização para o acesso a esse milho, mas que o pequeno criador ainda dependerá do milho a balcão da Conab.
— O milho da Conab está chegando e abastecendo o produtor, mas não em volume suficiente — avalia.
Para o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Nestor Freiberger, a medida é bem-vinda, mas a necessidade de pagamento à vista é mais um obstáculo a ser enfrentado, já que o criador está descapitalizado.
— Quando o leilão for feito, vamos saber, por exemplo, se a medida não vai pressionar as cotações — diz.