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Criadores de boi perderam 2,2 milhões de hectares de pastagens em MT

Acrimat prevê problema de abastecimento de carne no Estado, por causa da perda de parte das pastagens destinadas ao rebanho bovinoA longa estiagem do segundo semestre do ano passado, seguida pelo severo ataque de pragas e pelo excesso de umidade provocado pelas chuvas recentes, provocaram a "morte" de 2,2 milhões de hectares de pastagens em Mato Grosso. A área corresponde a 8,6% dos 26 milhões de hectares de pastos existentes no Estado. A estimativa é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que realizou o levantamento a pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

O diretor superintende da Acrimat, Luciano Vacari, prevê que neste ano haverá um problema sério de abastecimento de carne em Mato Grosso, por causa da perda de parte das pastagens destinadas à criação do rebanho bovino, estimado em 28,7 milhões de cabeças. Ele diz que no curto prazo é difícil reverter a situação, pois a estação das águas, período ideal para realizar o replantio, está chegando ao fim.

A preocupação maior da Acrimat é com as dificuldades que os pecuaristas terão para recuperar as pastagens. O Imea calcula que os criadores terão que gastar R$ 3,09 bilhões para repor o pasto, em operações de replantio ou de gradeamento das áreas. Luciano Vacari diz que os criadores não têm condições financeiras para arcar com esses custos, que correspondem a 62% do valor bruto da produção (VBP) da pecuária mato-grossense no ano passado. O VBP foi de R$ 4,95 bilhões, relativo ao abate de 4,33 milhões de cabeças de gado.

As projeções do Imea sobre as perdas de pastagens e os gastos para recuperação das áreas foram feitas a partir de um levantamento com 495 criadores, que são proprietários de 1,9 milhão de hectares. A pesquisa constatou que 57% dos entrevistados tiveram problemas com a morte de pastagens. O maior índice foi registrado na região nordeste de Mato Grosso, onde 68% dos entrevistados relataram estar com pasto degradado.

A pesquisa apurou que a forte seca do ano passado foi responsável por 53% dos casos de morte de pastagens, seguido de pragas (cigarrinha e lagartas) com 43%, e excesso de umidade provocado pelas chuvas, com 4%.

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