Criadores brasileiros apostam no cavalo puro sangue lusitano e na sua aptidão para esportes equestres

Animal tem características que facilitam adestramento e aprendizado requerido nas competiçõesO cavalo puro sangue lusitano é uma das principais raças quando se fala em esportes equestres no Brasil e por isso muitos criadores vêm apostando na aptidão do animal para o adestramento em competições esportivas. Esse assunto ganha ainda mais destaque em ano das Olimpíadas em Londres. Segundo o presidente do Conselho Técnico da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (ABPSL), Neimar Roncati, a raça tem características que dão ao cavalo facilidade nos movimentos requeri

– Ele tem duas qualidades importantes, a docilidade e a facilidade de aprendizado, o que facilita para o cavaleiro formar um bom conjunto pra realizar as provas de adestramento – explica Roncati.

Segundo o presidente do Conselho Técnico da ABPSL, para um cavalo participar de uma competição de alto padrão ele deve começar a ser treinado aos três, quatro anos de idade, quando ele é domado. Depois o animal passa por treinamento, condicionamento e acompanhamento veterinário. De acordo com Roncati, é necessário mais três ou quatro anos para o cavalo chegar a um bom desempenho e o animal atinge o auge por volta dos dez, 12 anos de idade.

– Tem sido um animal que tem conquistado muitos cavaleiros e equitadores, não só pra competições de alto desempenho, mas para passeios de final de semana, para montaria, porque é um animal muito dócil, muito companheiro, isso facilita inclusive crianças a montarem – afirma.

Em ano de Olimpíadas, o Brasil ainda está atento a qualificação individual para os jogos na categoria, já que por equipe a vaga olímpica não foi conquistada. Até o final de fevereiro a única vaga individual destinada aos países da América Latina deve ser decidida e dois brasileiros ainda têm chances de garantir espaço na competição.

Além das participações em esportes equestres, o Brasil é um dos principais países criadores da raça. Segundo Roncati, criadores brasileiros têm exportado muitos cavalos para países como Estados Unidos, México e Portugal, este último considerado o berço da raça, e animais brasileiros tem conquistado títulos importantes no Exterior.

– Um dos cavalos que foi campeão de uma exposição importante em Portugal no ano passado foi de criação nacional – aponta Roncati.

Assista à entrevista de Neimar Roncati no Bom Dia Campo: