A demanda crescente pela carne de qualidade é o principal motivo para que os produtores procurem criar animais com genética privilegiada. Com um preço maior pago pelos invernadores, e posterior revenda com garantia de bônus ao frigorífico, os criadores passaram a investir em novas tecnologias como a Inseminação Artificial com Tempo Fixo (IATF), no qual é feita em larga escala, no mesmo período.
? Com essa técnica, o terneiro será mais velho, mais pesado e com genética melhor. Como os partos serão mais concentrados, o lote será mais homogêneo ? explica o médico-veterinário da Área de Melhoramento e Genética Animal da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso.
Os investimentos na busca de resultados a médio e longo prazo são uma prática que não deve ser abandonada, defende o professor do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Júlio Barcellos. Já a receita apresentada pelo professor do Departamento de Zootecnia da UFRGS, José Fernando Lobato, é definir um sistema de produção para avançar nos resultados. Para tanto, é preciso estabelecer três eixos, redução de idade de abate dos novilhos para dois ou 2,5 anos, redução da idade de primeiro serviço nas novilhas em cria para dois anos e meta de 80% de desmame do gado adulto.
? Com esse sistema, podemos chegar a uma taxa de desfrute de 28%, considerada ideal. Atualmente, o índice no Estado é de 22% ? salientou.
Lobato também destaca que a especialização dos produtores também é uma tendência cada vez mais forte.