Empresas do Rio Grande do Sul e São Paulo, principais exportadores do país, sentiram os efeitos da turbulência internacional. China, Itália e Estados Unidos são os maiores compradores do produto brasileiro. Em 2011 a venda total ultrapassou os US$ 2 bilhões.
— Para nós, teve um impacto nas margens negociadas e uma política de compra de matéria-prima mais agressiva no mercado — afirma Mateus Leão, empresário de um curtume do município gaúcho de Lindolfo Collor.
As indústrias acreditam que a crise na Europa e a lenta recuperação da economia na Ásia e Estados Unidos contribuíram para os números negativos nos primeiros meses do ano. A aposta é que o cenário mude a partir de agora.
De acordo com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), a alta do dólar vai estimular o comércio internacional.
— O segundo semestre poderá ser mais regular do que foi o ano passado. Isso vai nos beneficiar e nós vamos praticamente recuperar esses quatro meses que nós perdemos — afirma o presidente do CICB, Fernando Bello.
O aumento da exportação de produtos com maior valor agregado e a conquista de novos mercados, como Alemanha e México também podem contribuir para a recuperação das vendas.
— A expectativa é que nós vamos encerrar o ano em equilíbrio. Vamos exportar o mesmo volume do ano passado ou até 3%, 4% a mais — diz Bello.