? Não observamos impacto nas nossas vendas externas, elas estão estáveis. E acredito que a demanda por proteínas continuará no longo prazo ?, declarou o executivo a jornalistas, após participar do painel “Competitividade, o grande desafio brasileiro”, do 22º Congresso Brasileiro de Avicultura.
Na composição da receita global da Seara, há um equilíbrio entre o que é destinado para o mercado interno e externo (50% para cada). Já a produção de frango in natura da companhia, 80% do que é produzido é exportado e o restante é utilizado para consumo doméstico.
Segundo Bonassi, os estoques mundiais de carne de frango estão enxutos e a demanda, principalmente de países emergentes, se manterá forte. Entretanto, em termos de aumento de preços, o executivo não vê mais espaço para esse movimento.
? Os preços do frango brasileiro no exterior já estão nos seus patamares históricos, em níveis antes da crise de 2008. Claro, que em alguns países da Ásia, ainda temos oportunidades ?, explicou.
O executivo ainda disse que a valorização da moeda norte-americana ante o real melhorou a competitividade do produto brasileiro no exterior e afirmou que um “dólar razoável” é no patamar de R$ 1,80. Sobre custos, o diretor acredita em uma continuidade nas despesas altas com grãos.
? O que determina os preços dos grãos são os estoques e em milho, soja e trigo, e eles estão baixos. Portanto, a demanda vai continuar forte e os preços não voltarão as patamares anteriores à crise ? afirmou.