Segundo os técnicos, apesar de o período entre janeiro e junho de 2013 ter sido de redução da oferta de animais para reposição e abate, fenômeno que elevou o preço da arroba, a receita da atividade pecuária não cresceu de forma suficiente para compensar os custos de produção.
O levantamento da CNA/Cepea mostrou que no primeiro semestre deste ano o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 4,50% e o Custo Operacional Total (COT) 4,52%. Entre janeiro a junho do ano passado, o custo efetivo subiu 2,28% e o total 2,94%. No acumulado de 2012, a variação positiva do COE foi de 2,85% e do COT, de 4,36%. O estudo tem como base os mercados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
A pesquisa revela, ainda, que os preços do boi gordo neste ano subiram 2,81% no acumulado até junho, de acordo com o Indicador Esalq/BM&FBovespa, que serve de referência nas negociações de animais para abate. Os técnicos observam que, apesar de a variação da receita ser inferior ao aumento dos custos, a situação da pecuária está mais favorável neste ano do que em 2012, quando a cotação do boi gordo acumulava queda de 8,8%.
Em relação ao cenário futuro, os técnicos afirmam que é preciso cautela porque, além dos fatores macroeconômicos que têm se mostrado mais preocupantes, há também dúvidas sobre os preços dos insumos, que podem ter alta significativa em função do dólar.