Os produtores de Rondônia foram os que conseguiram a melhor valorização da arroba do boi gordo, que chegou a 38,51%. No país, o preço pago pelo produto subiu 26,35%. Segundo o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Corte, Paulo Mustefaga, a recuperação do preço do boi acontece depois de quatro anos de crise, mas não é suficiente para acompanhar os custos de produção, que tiveram o ano de maior alta desde 2003, quando CNA e o Cepea começaram a realizar a pesquisa.
Item mais caro, o sal mineral subiu 92,72%. Depois vem o adubo, os animais de reposição e os insumos de construção. O custo operacional total (custo efetivo mais a depreciação de máquinas, implementos e estrutura) foi de 26,93% na média nacional. Apesar do aumento dos gastos dos pecuaristas, para a CNA, a situação do Brasil é a mais favorável, pois é o país que tem os mais baixos custos de produção. A expectativa também é boa segundo o Ministério da Agricultura: nem o cenário de crise financeira internacional muda a previsão de que em 10 anos, o Brasil deve responder por 70% do mercado mundial de carnes.