Segundo o IMEA, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, o custo operacional de todos os sistemas da pecuária no estado tiveram acréscimos no primeiro e segundo trimestres. O aumento dos custos foi de 5,7% entre abril e junho na comparação com janeiro a março.
“Houve aumento no preço dos grãos, do milho e da soja – antigamente, isso ficava restrito ao confinamento, mas agora não. Agora a gente sabe que boa parte dos bovinos já come grãos em boa parte da vida. São produtos como sal proteinado, produtos energéticos que utilizam esses grãos, que tiveram um aumento considerável. Então, isso tudo reflete no nosso custo de produção”, analisa o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi.
O mercado aquecido do milho e da soja, principais ingredientes na composição da ração animal, ainda preocupa o setor. “O produtor tem que fazer, mais uma vez, as suas contas; 70% do mercado é mercado interno; as exportações, mesmo que continuem altas, já existe uma desaceleração por parte da Argentina. Então, tudo isso tem que ser levado em conta na hora de se confinar ou não e na hora de fazer a conta sobre onde se deve investir e onde deve ser mais conservador”, observa Manzi.
“O pecuarista tem que estar atento ao custo de produção mais alto e não pode apostar em grandes diferenças em termos de venda. Ele tem que aportar suas contas para que ele possa contar com uma margem menor”, conclui o especialista.