No total, 41 fêmeas e 36 machos participaram da avaliação morfológica.
? Nós procuramos medir os detalhes que formam o standard racial do animal. Atribui-se uma nota a esse cavalo que, a partir daí, será somada às notas das provas funcionais ? explica o jurado Manuel Luís Sarmento.
Para a edição 2010 do Bocal de Ouro, concorreram cerca de 500 animais nas 15 credenciadoras de inéditos: uma na Argentina, uma em Santa Catarina, uma no Paraná e outras 12 em municípios gaúchos. O número de candidatos este ano aumentou cerca de 30% em relação ao ano passado, confirmando a importância da prova.
? É um termômetro para nós. A prova de animais inéditos mostra o crescimento da raça ? avalia Roberto Davis, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, organizadora da prova.
Por serem animais estreantes, o resultado do Bocal de Ouro pode ser surpreendente:
? Não sabemos a nota que os cavalos terão na prova morfológica, já que nunca foram mensurados. Aqui é uma caixa de surpresas ? resume o criador Mariano Lemanski,
Já o ginete Antonieto Rosa, que participa há quatro anos da competição, confessa que ainda fica ansioso ao disputar o Bocal:
? Pode ser tanto uma surpresa boa, quanto uma surpresa ruim. É um cavalo inexperiente, que tanto pode correr bem ou mal.
É tradição que animais que se saem bem no Bocal acabem entre os finalistas do Freio.
? Os mais novos não têm a mesma firmeza dos animais adultos. Mesmo assim, os animais do Bocal vão muito bem no Freio depois. E, por serem novos, eles vão crescendo com a competição ? conclui Sarmento.