Hoje, cinco frigoríficos no Estado estão inseridos no Programa Carne Angus Certificada, quatro do Marfrig e um do Silva. De acordo com o presidente da ABA, Paulo de Castro Marques, as negociações no Estado envolvem novas empresas. Uma delas, cujo nome ainda não é revelado, já está acertada para dar início às operações no próximo ano.
A negociação com a indústria tem por meta ampliar os pontos de industrialização da carne angus. Em 2011, a certificação chegou a 180 mil cabeças, 20% a mais do que no ano anterior. Para 2012, a entidade prevê um incremento de, no mínimo, 25% no número de animais abatidos.
– A implantação do programa tem de ser gradativa, adaptando-se ao fluxo dos frigoríficos. Mesmo porque o processo agrega custo – diz Marques.
Os planos se esticam a outros Estados, a associação negocia com dois frigoríficos regionais nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, duas novas unidades do Marfrig e a inclusão de um frigorífico de porte nacional no programa. Atualmente, seis plantas em São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul estão cadastradas.
Um indicador considerado positivo para o desempenho do setor foi o faturamento de R$ 2,2 milhões em negócios envolvendo animais com sangue angus na Expointer. Outro foi o crescimento no número de associados, que passou de 400 para 420.
A parceria fechada com a rede de fast food McDonald’s deverá garantir maior procura pela carne angus no Brasil. Iniciada nos restaurantes de São Paulo e do Distrito Federal em novembro, a venda de hambúrgueres com a carne nobre serão vendidos em todo o país a partir de abril do ano que vem. Novas parcerias com redes de restaurantes deverão ser fechadas nos próximos meses.
Segundo Paulo de Castro Marques, o efeito é sentido pelo produtor.
– Os parceiros estão pagando mais. Isso anima o pecuarista, que aprimora o manejo e melhora produção – afirma o presidente da ABA.
O encerramento das atividades da associação foi marcado pelo leilão Angus Nova Era, realizado na noite dessa quinta, dia 1, em Porto Alegre.