O risco de contágio do mormo e a crise financeira obrigaram pelo menos 118 cidades do Rio Grande do Sul a cancelar os desfiles farroupilhas. Esse número representa um percentual de 60% das 196 prefeituras que fizeram parte de um levantamento feito pela Federação das Associações de Municípios do estado (Famurs). Entre as regiões mais afetadas está o noroeste gaúcho.
As cavalgadas, ponto tradicional da comemoração do dia 20 de setembro, também não devem ocorrer por não ter como monitorar a presença do mormo em todos os animais que participariam do desfile.
O mormo (ou lamparão) é uma doença infectocontagiosa dos equídeos, causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais.Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. O mormo não tem cura, não tem vacina e os animais que contraem a doença precisam ser sacrificados.
Crise financeira
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Em razão da crise que o estado atravessa, a Famurs organiza uma mobilização de prefeituras na próxima sexta, dia 25. Batizado de Movimento do Bolo, o manifesto reivindica uma maior distribuição dos recursos do bolo tributário. Atualmente, 82% de toda receita dos impostos do país ficam concentradas entre a União (57%) e os Estados (25%). Apenas 18% dos recursos ficam nos cofres municipais.
O presidente da Associação dos Municípios das Missões (AMM) e prefeito de Giruá, Fabiam Thomas afirma 90% dos municípios da região não realizarão o tradicional evento devido à falta de recursos.
– Não temos dinheiro para custear o carro de som. Infelizmente estamos tendo que abdicar desta celebração para atender outras demandas – argumenta.
Veja a lista de municípios que não terão desfile no site da Famurs.
