? Há países que não se interessam na pecuária, porque têm outros recursos nacionais muito importantes. Existem países pobres e em desenvolvimento. Essa é uma característica, mas também países em transição econômica, como a Venezuela, que não consideram o controle da aftosa como uma prioridade ? disse Vallat, durante o segundo dos três dias da primeira Conferência Mundial sobre Febre Aftosa, realizado em um hotel de Lambaré, nos arredores de Assunção.
Vallat indicou que o objetivo da conferência é alertar as nações reunidas a cooperarem em um nível político muito alto ao advertir que a falta de controle “representa um perigo para seus países e para as nações vizinhas”.
? É uma responsabilidade não só regional ? afirmou.
O representante da OIE para as Américas, Luis Osvaldo Barcos, destacou que é crucial “investir nos serviços veterinários. É importantíssimo”.
Barcos considerou, além disso, a transferência de recursos em capacitação e cooperação técnica para fortalecer os serviços veterinários, como um incentivo para fomentar a luta contra a febre aftosa nos países pobres.
Da mesma forma, Alejandro Thiermann, presidente da Comissão de Normas Sanitárias para os Animais Terrestres da OIE, disse que as normas, que foram adotadas pelos 174 países-membros da organização, devem ser resguardadas e dotadas de credibilidade por serviços veterinários nacionais sólidos.
A primeira Conferência Mundial sobre Febre Aftosa, cujas conclusões devem ser divulgadas nesta sexta, em entrevista coletiva, conta como anfitrião o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai e também é apoiada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Além disso, o evento recebe a colaboração do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil e da Comissão Europeia.