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Diante de cenário desfavorável, confinadores de Mato Grosso não devem ampliar atividade em 2012

Segundo associação, no entanto, a expectativa é de avanço da atividade em longo prazoConfinadores de Mato Grosso ainda estão cautelosos com a atividade em 2012. A maior parte dos pecuaristas do Estado, segundo maior confinador do país, não planeja ampliar o número de animais confinados no momento. O alto custo, principalmente com alimentação do gado, é um dos principais motivos.

– Para este ano pretendemos manter a quantidade. A gente vê que o mercado não está tendo facilidades como preço grão e arroba do boi gordo – afirma o pecuarista Guilherme Tonhá. Em sua fazenda, em Cuiabá, 10 mil bovinos foram confinados no ano passado, sete mil animais a menos do que em 2010. A estratégia, segundo o pecuarista, é resultado da relação entre os maiores custos e o menor valor pago pela arroba.

Para o ciclo atual, a saída continua a mesma, segundo o criador: repetir o volume confinado.

– O cenário não é tão favorável porque desde o ano passado nosso Estado e país diminuíram muito exportações da carne e isso acabou impactando muito – diz Tonhá.

Da mesma forma, o pecuarista Guilherme Nolasco também deve manter o número de animais confinados em sua propriedade, localizada em Chapada dos Guimarães. Ele acompanha a movimentação do mercado do boi gordo, mas por enquanto não pensa em ampliar o rebanho confinado.

– Meu confinamento é de pequena escala. Eu encaro ele dentro da minha atividade como um todo, não é um item isolado. Não tem expectativa de aquecimento de preço ainda este ano, até o momento, pode ser que algum fator externo possa repercutir – afirma.

Avanço em longo prazo

Apesar deste cenário, nos últimos seis anos, a engorda de animais em regimes de confinamento e semiconfinamento avançou a passos largos. Por isso, mesmo diante da cautela momentânea dos produtores, a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) projeta expansão de pelo 10% para este ano. A projeção é realizada com base, principalmente, na necessidade de elevar a eficiência no campo.

– Pastagens se degradam rapidamente, principalmente no Centro-Oeste. Temos áreas de pasto tomadas pela agricultura. Tudo isso leva ao crescimento natural do confinamento no Brasil – avalia Eduardo Alves de Moura, presidente da Assocon.

Para o futuro, as projeções da Assocon são ainda mais otimistas. Atualmente, cerca de 10% dos bovinos abatidos no país foram terminados em confinamentos. Em uma década, Alves de Moura, esta representatividade deve ser muito maior.

– Podemos chegar em 10 anos a 30% com muita tranquilidade. O confinamento vai crescer e muito rápido no Brasil. Temos o maior rebanho comercial do mundo e confinamos muito pouco. Se olharmos os EUA, 90% ou mais dos animais abatidos são confinados. Na Austrália, mais de 70%. A Argentina, mais do que nós. E o Brasil está ficando para trás.

O pecuarista brasileiro começou a conhecer o confinamento na década de 70, quando a atividade passou a ser explorada comercialmente, mas ela só ganhou expressão a partir do ano 2000. Em 2011, de acordo com números da associação nacional de confinadores, o crescimento foi de 15%, mesmo número estimado para 2012.

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