Essa dificuldade de compra, de acordo com os pesquisadores, é refletida nas escalas de abates, que estão curtas e atendem, em média, de dois a três dias úteis. O feriado da próxima sexta, dia 29, pode colaborar para a estabilidade do setor em curto prazo, pois diminui um dia de negociação neste cenário de oferta comedida.
Por outro lado, o escoamento da carne com osso no mercado atacadista não tem dado sinais de melhora. Os estoques dos frigoríficos estão relativamente abastecidos, principalmente para as peças de traseiro. Segundo a Scot Consultoria, isso tem limitado as ofertas de compra a valores mais altos por parte da indústria.
Mercado do receptoras
Em março, o mercado de receptoras trabalhou em ritmo lento, segundo o levantamento da Scot Consultoria. A procura não tem dado sinais de melhora desde o final da última estação de monta.
Atualmente, os eventos ligados à reprodução animal são pontuais, o que não colabora para a melhora da movimentação. Por outro lado, as chuvas têm mantido a qualidade das pastagens em parte da região Centro-Oeste, o que mantém as receptoras em boas condições de escore corporal, favorecendo o sucesso das técnicas reprodutivas.
A perspectiva é de que, no decorrer da safra, com o aumento de boiadas terminadas, os preços das receptoras recuem, visto que boa parte dos negócios é indexada à arroba do boi gordo.
Mercado de reposição em Minas Gerais
Ainda segundo levantamento da Scot Consultoria, os preços dos animais de reposição em Minas Gerais apresentaram melhora após algumas semanas de queda. Na comparação com a semana anterior, o mercado de reposição teve alta de 0,9%, em média.
A categoria que mais valorizou foi o bezerro de ano (7 arrobas), estando cotado em R$ 670,00 por cabeça, aumento de 1,5%. O boi magro (12 arrobas) e o garrote (9,5 arrobas) ficaram 1% e 1,2% mais caros, respectivamente, sendo negociados a R$ 1.050,00 e R$ 870,00/cabeça. O bezerro desmamado (5,5 arrobas) manteve o preço estável em R$ 540,00 por cabeça.
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