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Diretor da Faeg critica tentativa de pressionar para baixo cotações do boi gordo

Para Mozart Carvalho, pecuarista está mais bem informado e não vai cederOs frigoríficos tentam atuar no mercado para tentar baixar os preços da arroba do boi gordo. De acordo com analistas de mercado, em bloco, grandes grupos negociariam contratos no mercado futuro a cotações menores, apostando em um efeito psicológico sobre o mercado físico que levaria os produtores a baixar preços no mercado físico, em torno de R$ 95 em algumas das principais praças.

Em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta quarta-feira, dia 25, o presidente da Comissão de Pecuária da Federação de Agricultura de Goiás (Faeg), Mozart Carvalho, afirmou que a situação não é tão simples. Segundo ele, o pecuarista está mais bem informado sobre o mercado e as cotações devem manter a tendência de alta.

– É uma queda de braço. O frigorífico está jogando e temos de aceitar ou não. O produtor tem de ser inteligente o bastante para saber que é só um mecanismo para forçar os preços para baixo, mas isso não vai acontecer. A tendência é o mercado continuar firmes.

Na opinião de Mozart Carvalho, o fato é que não há boi pronto para abate. Tanto que alguns frigoríficos estão concedendo férias coletivas em algumas unidades de produção. Por outro lado, a demanda por carne se mantém elevada. O presidente da Comissão de Pecuária da Faeg credita a atual situação ao que chama de políticas equivocadas.

– Ora a arroba do boi lá embaixo quebra o produtor rural. Ora lá em cima, o que é muito ruim para o consumidor. No Brasil não pode acontecer isso. O interessante seria uma estabilidade de preços em que todos nós ganhássemos.

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