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Elevados custos da alimentação animal desestimula setor de aves e suínos, diz Sindirações

Problemas climáticos no Meio-Oeste dos EUA, principal região produtora de milho e soja, provocou alta nos preços dos produtos no BrasilOs elevados custos para a alimentação animal, principal insumo de produção, preocupa produtores de frango e de suínos. A seca que atinge o Meio-Oeste dos Estados Unidos, grande produtor de milho e soja, provocou uma explosão nos preços desses produtos no Brasil.

Nos Estados Unidos, além da falta de chuva, as elevadas temperaturas também devem continuar prejudicando a produção. Conforme dados do último levantamento divulgado pelo Departamento de Agricultura do país, 38% das lavouras estão com condições ruins ou muito ruins. Segundo analistas de mercado brasileiros, a quebra já chega a 60 milhões de toneladas na safra americana.
 
O vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Ariovaldo Zanni, explica que, com a quebra, os Estados Unidos estão importando milho brasileiro, o que deve impulsionar as comercializações brasileiras, as quais devem atingir 14 milhões de toneladas.
 
Outro problema que preocupa o setor é o farelo de soja. Segundo o Sindirações, a tonelada do produto, que em julho do ano passado era vendida a R$ 600,00, atualmente é negociada a R$ 1300,00. O motivo do alto preço também está relacionado com a quebra na produção americana, além dos problemas com a safra da região Sul do Brasil e da Argentina.
 
Conforme a entidade, os elevados custos do milho e do farelo de soja têm desestimulado cada vez mais o setor de suínos e aves, uma vez que aproximadamente 60% da ração animal é feita a partir dessas matérias-primas. Deste modo, cerca de 20% do setor devem deixar a atividade em curto prazo.

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