São 27,303 milhões de animais que fazem parte do rebanho bovino concentrado em Mato Grosso, de acordo com o IBGE. O Estado lidera o ranking nacional, seguido por Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que possuem rebanho de 22,370 milhões cada.
Mas para manter-se no topo, o Estado precisou superar desafios que muitas vezes desestimularam os pecuaristas. A crise dos frigoríficos, as baixas cotações do ano passado e os altos custos de produção foram os principais. Além disso, as elevadas despesas também comprometem o desenvolvimento da atividade.
Isso é que revela o levantamento feito pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), que analisou os gastos dos pecuaristas. Segundo a pesquisa, a bovinocultura praticada no Estado ficou mais cara em relação a 2009. Considerando o custo operacional total, que é a soma do custo efetivo, com a depreciação e o valor da terra, a alta foi de 0,41% para o ciclo completo. Para o ciclo de cria, os custos subiram 3,96% e, para a engorda, o aumento foi de 3,90%. As maiores altas ficaram por conta da aquisição de vacinas, medicamentos e principalmente, renovação de pastagens, que registrou aumento de quase 28%.
Para a Associação dos Criadores (Acrimat), a permanência do Estado no topo da pecuária nacional também depende de outros fatores, como, por exemplo, a melhoria da infraestrutura logística local.