Pfeifer explica que os resultados obtidos são importantes, pois a visualização de componentes do ovário, com definição próxima da microscópica, em tempo real e no animal vivo, pode permitir o estudo da dinâmica de crescimento dos folículos.
— Com a obtenção da imagem dos óvulos abre-se a possibilidade de começar avaliar a qualidade, o desenvolvimento e as características do óvulo no decorrer do período folicular — destaca o pesquisador.
O trabalho traz novas perspectivas para avanços no estudo da fisiologia ovariana em bovinos porque, através da UBM, é possível identificar e acompanhar, passo a passo, o início do desenvolvimento de folículos muito pequenos, em tamanho inferior a um milímetro, o que não era possível com a ultrassonografia convencional.
— Atualmente, quando temos o resultado negativo para prenhez, não há como apontar onde exatamente foi o problema, se no sêmen ou na qualidade do óvulo. O resultado desse estudo possibilita a prospecção de novas técnicas, lembrando que o que conseguimos até agora foi apenas ter acesso a essa estrutura — diz Pfiefer.
Outra possibilidade futura, de acordo com o pesquisador, é que os tratamentos hormonais utilizados para inseminar vacas em tempo-fixo (IATF) podem ser melhor estudados com a possibilidade de acessar as imagens e a qualidade dos óvulos antes da ovulação.