Os investimentos feitos pelas duas empresas servem de termômetro do setor pois esse tipo de câmara é utilizada para transportar a produção das agroindústrias. A Randon contratou 45 funcionários e inicia o segundo turno de trabalho a partir desta segunda, dia 12.
A partir do próximo dia 19, a meta é ampliar em 50% a produção na unidade de Chapecó, passando de duas câmaras frigoríficas por dia para três.
— Queremos antecipar nosso prazo de entrega pois temos encomendas até maio de 2013 — explica o gerente da Randon, Geison Werner.
Ele informou que a empresa está investindo R$ 6 milhões em ampliações. A Randon, que tem matriz em Caxias do Sul (RS), adquiriu em novembro do ano passado a Folle Indústria de Implementos Rodoviários Ltda.
Na época, a indústria tinha 48 funcionários e a produção era de uma unidade a cada dois dias, em média. Até semana passada, quando não havia começado, ainda, o segundo turno de trabalho, a empresa tem 110 funcionários e fabrica duas unidades por dia.
— Essa aquisição foi um gol, senão não teríamos como atender a demanda — afirma Werner.
Ele comenta que, apesar de alguns problemas enfrentados pelas agroindústrias, os investimentos no setor de frigoríficos continuam. No próximo ano, a Randon deve investir mais R$ 12 milhões na unidade de Chapecó e abrir outras 40 vagas. A atual produção de três câmaras frigoríficas por dia em Caxias do Sul será transferida para Santa Catarina.
De acordo com Werner, a Randon detém 53% do mercado nacional de câmaras frigoríficas para caminhões. A produção da unidade de Chapecó fica 70% em Santa Catarina. Já a produção da unidade gaúcha atende outros mercados, principalmente São Paulo.
A Niju também começou a contratar novos funcionários, abrindo 30 vagas. A empresa investiu R$ 7 milhões em ampliações. De acordo com o presidente da companhia, Sextílio Hans, houve um incremento de 30% na produção no segundo semestre.
— Há uma recuperação do mercado, que foi ruim no início do ano — considera Hans.
A empresa está fabricando 65 unidades por mês. E suspendeu as exportações para atender ao mercado interno. Os pedidos vão até março de 2013. A meta da Niju é aumentar a produção entre 10% a 15% até o final do ano, chegando a 75 unidades por mês.
— Nosso limitante é a falta de mão de obra — explica Hans.