O evento trouxe para um mesmo ambiente representantes de cada um dos elos da cadeia produtiva da carne. Nas palestras, uma unanimidade: é preciso acabar com as desconfianças entre produtor e frigorífico. Mesmo em épocas de dificuldades financeiras, estabelecer uma relação confiável pode ser uma boa solução para driblar a crise.
O próximo passo para o sucesso é conquistar espaço entre os mercados mais exigentes. Como o novilho precoce é um produto diferenciado, que requer mais investimentos, também precisa de uma remuneração mais vantajosa. Para o representante da Trading Vion no Brasil, Paulo Gustavo Schmitz, o mercado europeu pode representar uma boa oportunidade para alcançar esta meta.
O novilho precoce é uma aposta que a cada dia ganha mais espaço em Mato Grosso do Sul. Contando apenas o rebanho dos pecuaristas que integram a Associação dos Produtores de Novilho Precoce, são mais de 200 mil animais. Trata-se de um número pequeno, se comparado ao tamanho total do rebanho do Estado, que passa de 20 milhões de cabeças, mas suficiente para movimentar a economia e aquecer o bolso dos criadores.
No ano passado, mais de 39 mil animais precoces foram abatidos, gerando uma receita de aproximadamente R$ 40 milhões. Este ano, o desempenho promete ser ainda melhor, já que mais de 13 mil abates foram realizados nos primeiros quatro meses do ano.
Apesar do otimismo, o avanço deste segmento também esbarra em obstáculos que comprometem a rentabilidade da pecuária. Na produção de novilho precoce, questões como a transparência e a união de todos os elos da cadeia produtiva são fundamentais para ajudar a estabelecer um caminho vitorioso, que garanta a ampliação das vendas e a geração de renda para todos os envolvidos.