Encontro internacional define medidas para controlar pesca do atum

Entre novas decisões, está a redução de captura das espécies azul e espadarteMedidas de controle e ordenamento da pesca do atum e de outras espécies foram definidas durante a 21ª Reunião Ordinária da Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT, a sigla em inglês), realizada entre 9 e 15 de novembro, em Porto de Galinhas (PE).

O objetivo do encontro foi limitar a captura do atum azul e estabelecer quotas que garantam a sustentabilidade de outras espécies de interesse do Brasil, como o espadarte. A reunião contou com a participação de mais de 500 pessoas de 48 países integrantes da comissão.

As mudanças aprovadas incluem a redução da captura do atum azul de 22 mil para 13,5 mil toneladas e a diminuição da pesca do espadarte de 17 mil para 15 mil toneladas. Apesar da redução da pesca do espadarte para os demais países, a quota do Brasil permanece de 4 mil toneladas anuais aproximadamente.

O ICCAT é responsável por ordenar a pesca dos recursos migratórios de alto-mar de todo o Oceano Atlântico e do Mar Mediterrâneo. O atual presidente da comissão, Fábio Hazim, foi reeleito para mais um mandato de dois anos. Ele é o primeiro presidente de um país em desenvolvimento a liderar a comissão.

Segundo Hazim, “a reunião teve avanços importantes, não apenas pela recondução do país à presidência, para um segundo mandato, mas também pelas medidas de ordenamento e conservação que certamente contribuirão, de forma decisiva, para a sustentabilidade dos estoques explotados (explorados economicamente)”.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, disse que para o Brasil as conquistas são importantes.

? Temos a estratégia de desenvolver a pesca oceânica. Estamos investindo nessa iniciativa.
Segundo ele, existem 54 projetos nesse setor.

De acordo com o ministro, o governo tem políticas claras de apoio ao autodesenvolvimento econômico. Gregolin acredita que o Brasil tem condições de ser um dos maiores produtores de pescado do mundo:

? Estamos investindo em 20 terminais pesqueiros no Nordeste do país.  Temos uma obra pronta em Cabedelo, na Paraíba, onde foram investidos R$ 12 milhões ? acrescentou.

Dados do Ministério da Pesca e Aquicultura indicam que a indústria brasileira processa 117 milhões de latas de atum por ano, gerando 10 mil empregos diretos e indiretos.