O objetivo do encontro foi limitar a captura do atum azul e estabelecer quotas que garantam a sustentabilidade de outras espécies de interesse do Brasil, como o espadarte. A reunião contou com a participação de mais de 500 pessoas de 48 países integrantes da comissão.
As mudanças aprovadas incluem a redução da captura do atum azul de 22 mil para 13,5 mil toneladas e a diminuição da pesca do espadarte de 17 mil para 15 mil toneladas. Apesar da redução da pesca do espadarte para os demais países, a quota do Brasil permanece de 4 mil toneladas anuais aproximadamente.
O ICCAT é responsável por ordenar a pesca dos recursos migratórios de alto-mar de todo o Oceano Atlântico e do Mar Mediterrâneo. O atual presidente da comissão, Fábio Hazim, foi reeleito para mais um mandato de dois anos. Ele é o primeiro presidente de um país em desenvolvimento a liderar a comissão.
Segundo Hazim, “a reunião teve avanços importantes, não apenas pela recondução do país à presidência, para um segundo mandato, mas também pelas medidas de ordenamento e conservação que certamente contribuirão, de forma decisiva, para a sustentabilidade dos estoques explotados (explorados economicamente)”.
O ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, disse que para o Brasil as conquistas são importantes.
? Temos a estratégia de desenvolver a pesca oceânica. Estamos investindo nessa iniciativa.
Segundo ele, existem 54 projetos nesse setor.
De acordo com o ministro, o governo tem políticas claras de apoio ao autodesenvolvimento econômico. Gregolin acredita que o Brasil tem condições de ser um dos maiores produtores de pescado do mundo:
? Estamos investindo em 20 terminais pesqueiros no Nordeste do país. Temos uma obra pronta em Cabedelo, na Paraíba, onde foram investidos R$ 12 milhões ? acrescentou.
Dados do Ministério da Pesca e Aquicultura indicam que a indústria brasileira processa 117 milhões de latas de atum por ano, gerando 10 mil empregos diretos e indiretos.