Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Encontro propõe oportunidades para a pecuária do Rio Grande do Sul

Criação de um bloco juntamente com Uruguai e Argentina foi apresentada em Porto AlegreDuas visões sobre as oportunidades para a pecuária do Rio Grande do Sul foram apresentadas nesta quinta, dia 22, no encontro do Núcleo de Estudos de Produção de Bovinos, em Porto Alegre. Uma com melhores preços para carne de raças europeias no mercado nacional, outra de olho na formação de um bloco juntamente com Uruguai e Argentina.

Uma ideia ousada. Desmembrar, em termos de mercado de carne, o Rio Grande do Sul do Brasil e juntá-lo ao Uruguai e à Argentina. Um potencial de produção de carne de raças europeias que entraria com força nos consumidores mais exigentes.

? Se as três regiões se juntam eles tem quase o potencial de exportação que o Brasil tem como um todo. E tudo baseado em uma lógica mercadológica de semelhança entre produtos e processos e mercados e distâncias dos grandes mercados ? ressalta o consultor da Sociedade Rural Brasileira, Francisco Vila.

São 20 milhões de abates por ano, um volume que pode atender vários mercados com carne de qualidade. Mas para conseguir essa união é preciso criar entre pecuaristas e empresários do setor de carnes uma noção de identidade comum.

? Eles tem o mesmo tipo de clima, de pasto, tem uma topografia semelhante, tem todos os taurinos e tem uma cultura tradicional europeia. Então isso cria uma intimidade entre eles. A pergunta é porque eles levam com três caminhões, três carnes para três mercados diferentes? Porque não fazem junto? Naturalmente isso é mais fácil de falar do que fazer ? afirma Vila.

Para conseguir esse objetivo é preciso, segundo o consultor, mostrar a oportunidade. O público presente no evento aprovou a ideia. O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, alerta apenas para questões sanitárias que precisam ser superadas.

? Efetivamente o Rio Grande do Sul é mais lincado ao Uruguai e Argentina. Agora, evidentemente, nós temos as barreiras de fronteiras e algumas diferenças sanitárias que nos impedem de funcionar como um bloco. A sanidade animal é uma coisa fundamental. Se nós quisermos chegar a algum lugar do mundo, nós temos que ter sanidade nota 10. E isso acontece com qualquer país ? afirma.

O dirigente garante ainda que com a queda no rebanho argentino, em 12 milhões de cabeças nos últimos anos, a carne do Rio Grande do Sul está ganhando espaço mesmo no mercado nacional.

? Este produto é diferenciado e hoje nós vemos a diferenciação do preço desta carne, que chega a ser maior até do que a carne da lista tracys, que vai pra Europa, que o nosso mercado interno. Acreditamos que estamos substituindo a Argentina no mercado de São Paulo e que a carne de qualidade para as boas churrascarias de São Paulo está saindo do Rio Grande do Sul, porque ela não consegue vir da Argentina ? conclui Gedeão.

Em alguns períodos de julho, por exemplo, a carne vendida para a Europa custou R$ 6,38 por quilo de carcaça. Já a carne do programa angus, vendida para o mercado de São Paulo, pagou ao produtor R$ 6,76.

Sair da versão mobile