– São custos subindo acima da capacidade de repasse para os preços das carnes de uma forma geral, falando aí de todas as carnes. É normal que, nesse período, o preço das carnes suba, mas isso tem sido insignificante para gerar caixa o suficiente para reduzir o endividamento das empresas. Já tem um tempo que essas empresas, as que estão listadas no Brasil, as maiores, têm mostrado dificuldade em reduzir os seus níveis de alavancagem e o mercado começa a cobrar isso de uma maneira mais sistemática – aponta o analista de mercado Cesar de Castro Alves.
Ele acredita que o setor ainda deve sofrer pressão do lado dos custos. Avalia, no entanto, que a pior fase pode ter passado e cita como exemplo a carne bovina. Para o profissional, os preços do boi indicam queda, o que pode aliviar um pouco a situação das empresas. Quem deve ficar atento é o pecuarista que fornece matéria-prima para as empresas.
– Quando a empresa, que é o comprador do seu produto, está apertada, significa mais risco para o seu negócio. Para o pecuarista, o que ele pode fazer se estiver cético em relação à capacidade de pagamento dessas empresas, é vender à vista. Ele tem essa opção – diz.