A escassez de chuvas nos últimos dois meses em regiões de Mato Grosso é motivo de alerta para pecuaristas, por causa da falta de suporte às pastagens e da possibilidade de aumento do preço dos grãos, afirma o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). “As chuvas são o principal fator que torna viável a formação, renovação e desenvolvimento das pastagens nas propriedades rurais e a sua ocorrência é sempre esperada pelos produtores”, informa o Imea, em relatório.
O instituto relata que, nos últimos dois meses, o índice de chuvas foi inferior à do mesmo período de 2016 em algumas regiões, como em Canarana (-66,25%) e Diamantino (-41,60%).
“Estes números de 2017 são preocupantes para os pecuaristas, pois podem significar atraso na entrega de animais futuramente, em virtude de as pastagens não estarem 100% aptas para receber os animais”, mostra o relatório.
O Imea aponta, ainda, que a escassez de chuva pode acarretar o encurtamento da janela de semeadura do milho segunda safra (principal fonte de suplementação animal), “podendo trazer menor produção e até mesmo alta nos preços do grão”.