Especialista defende boa aplicação de metodologias para crescimento de programas de melhoramento genético

De acordo com profissional da USP, criadores de gado devem utilizar critérios específicos na hora da compra dos animaisA boa aplicação de tecnologia e metodologias nos programas de melhoramento genético na pecuária bovina é essencial para que a atividade continue crescendo, na opinião de representantes do setor. Informações apresentadas pelo especialista em Zootecnia e Genética da Universidade de São Paulo José Bento Ferraz durante o encontro Mapa da Genética, realizado recentemente em Araçatuba (SP) apontam que a cadeia produtiva de carne no Brasil fatura R$ 100 bilhões e emprega cerca de 7,5 milhões de pessoas

– A cadeia da carne no Brasil não é altamente tecnificada. Então, as pessoas têm a informação, mas não usam, porque não acreditam ou não sabem interpretar. A minha explanação é dura com os criadores exatamente para dizer “olha, vocês trabalham na maior fatia do agronegócio brasileiro e podem ser responsáveis por um avanço muito grande nas exportações brasileiras, mas precisam correr atrás da informação e saber utilizar, porque aqueles que sabem usar estão andando para a frente” – afirma. 

De acordo com Ferraz, além de utilizar métodos de avaliação genética, é importante que os pecuaristas saibam interpretar os resultados.

– Um animal pode ter um resultado negativo na avaliação e isso significa que é inferior à média. E caso eu utilize esse animal, esse resultado fará com que a média do rebanho seja puxada para trás também. Então, a avaliação genética é apenas um guia e você precisa saber usar bem o guia. A pecuária bovina tem que ser trabalhada como um negócio de alta complexidade, que exige conhecimento. Para os criadores que têm dificuldade de entender isso, eu recomendo fortemente que converse com o técnicos e que aprenda – diz.

Assista à matéria exibida no Jornal da Pecuária: