– As abelhas se desenvolveram muito bem. Os enxames, que teriam, nesta época, em torno de 30 mil abelhas, chegam a até 80 mil. Isso significa que, se o tempo continuar assim, vai dar uma supersafra de mel na próxima primavera. O normal é colhermos 30 quilos por colmeia e nós estamos esperando esse ano colher acima de 50 quilos, caso se confirme a estiagem até o final de outubro – diz.
O apicultor explica que, neste ano, em função da estiagem, as abelhas saíram mais das colmeias para buscar alimento. Isso representou uma redução dos custos na produção de mel. O gasto com alimentação artificial, que, em média, chega a 30%, caiu para 5%.
– Até o mês de junho, a florada e as abelhas conseguiram se alimentar na natureza. Em julho, houve algumas épocas de frio, mas elas estavam bem de reserva. No mês de agosto, vieram altas temperaturas e a gente gastou quase nada com alimentação, porque sempre teve alimento natural e condições para que as abelhas pudessem buscar na natureza – aponta.
A melhora na produção pode ser percebida na safra de outono, quando os produtores colheram mais do que o esperado, conforme Machado.
– Com a normalização das chuvas para as plantas, as abelhas se desenvolveram bem no outono, então nós tivemos uma boa safra. Um acréscimo de quase 50% em relação aos outros anos.
O produtor afirma que pretende aumentar o número de colmeias em até 40%. Em um ano de safra normal, a produção chega a cem toneladas de mel. Cerca de 90% são destinadas à exportação. O produto é vendido na região por R$ 8,00 o quilo.