A pista de julgamento em Uberaba serve como vitrine. Os estrangeiros buscam o melhor cruzamento dentro da raça já escolhida pelo produtor. O mercado internacional encontrou na genética para pecuária leiteira desenvolvida no Brasil um grande potencial de negócios. Entre os compradores, países da América Latina, da África e a Índia. A raça gir leiteiro é a campeã em exportações, mas a girolando ganha espaço com a venda de animais vivos, principalmente para a Venezuela.
– Sem dúvida, hoje a sensação no mundo tropical é a genética zebuína brasileira, é a metodologia de se produzir o leite de maneira eficiente, econômica e produtiva, é usar o zebu e toda sua aptidão e potencial – aponta a supervisora de Relações Internacionais da Brazilian Cattle, Ice Garbelini.
O visitante Antonio Maloff é pecuarista no Panamá. Ele tem 80 vacas em produção da raça girolando e quer melhorar a produtividade média diária, que não passa de oito litros por vaca.
– Este trabalho feito aqui no Brasil, de maximizar o potencial dentro da raça zebuína, é o que queremos levar para o Panamá, com o propósito de ter o mesmo sucesso que vimos aqui. No Panamá, certamente temos gir, mas não é o mesmo gir leiteiro que se tem aqui – destaca Maloff.
O colombiano Efraim Mexia obtém da produção 3.500 litros de leite por dia. Ele já é cliente da genética brasileira e está mudando o cruzamento do rebanho que utiliza na fazenda.
– Sempre usei o cruzamento brahman com holandês. Agora, estou convencido para melhorar minha produção em vários pontos. Tenho que incluir o gir leiteiro no meu rebanho. Eu já tenho embriões de origem brasileira de vários touros, tenho do Radar, do Sansão. Nosso entusiasmo é conhecer onde estamos e que nos ensinem, temos tudo por aprender – salienta Mexia.
A Megaleite está em sua 10ª edição e segue até o próximo dimingo, dia 7.
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